O governo sul-africano declarou estado de calamidade na província de Kwazulu-Natal, em resposta à devastadora tempestade que, nas últimas duas semanas de Fevereiro, resultou na morte de pelo menos vinte e duas pessoas e no desalojamento de centenas de cidadãos.
De acordo com dados fornecidos pelo governo provincial, os danos causados pela tempestade estão estimados em mais de três bilhões de rands. O ministro da Governança Cooperativa e Assuntos Tradicionais, Velenkosini Hlabisa, afirmou que a gravidade da situação tornou inevitável a declaração de calamidade, devido ao rasto de destruição deixado pela intempérie.
“É assustador ver inundações a tornarem-se uma norma na província de Kwazulu-Natal, especialmente nas áreas do sul,” afirmou Hlabisa. A declaração do estado de calamidade visa facilitar a mobilização de esforços para garantir apoio às comunidades afectadas e implementar protocolos de contingência para mitigar os efeitos das inundações.
Além disso, esta medida permitirá a execução de um plano multissetorial de alívio e reabilitação, assegurando que as populações atingidas recebam a assistência necessária. A província de Kwazulu-Natal tem enfrentado, de forma recorrente, eventos climáticos extremos, o que levou o rei zulu, Misuzulu Zwelithini, a solicitar que o governo provincial promova discussões sobre mudanças climáticas, visando a mitigação dos impactos dos desastres naturais.
Na manhã des segunda-feira, os serviços meteorológicos da África do Sul emitiram um alerta para a possibilidade de novas tempestades severas nas províncias de Kwazulu-Natal, Mpumalanga e Limpopo. Espera-se a ocorrência de chuvas torrenciais, acompanhadas de ventos fortes e queda de granizo.
