O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou no passado domingo que as eleições presidenciais e legislativas estão agendadas para o dia 30 de Novembro de 2023.
Esta decisão, no entanto, gerou descontentamento entre os partidos da oposição, que exigem que as eleições sejam marcadas para Maio do mesmo ano.
Embalo justifica a data escolhida afirmando que o seu mandato iniciou após a decisão do Supremo Tribunal sobre a contenda eleitoral resultante das eleições de Novembro de 2019, datada de 4 de Setembro de 2020.
Em resposta à situação política tensa, o ex-primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, em representação da coligação de oposição Aliança Patriótica Inclusiva, apelou à população para permanecer em casa no dia seguinte, anunciando o encerramento de mercados, lojas e escritórios. “Estamos a pedir a paralisia total do país”, disse Nabiam a centenas de apoiantes durante uma reunião com os líderes do partido.
No entanto, a resposta do governo não se fez esperar. O ministro do Interior, Botche Candé, tranquilizou os cidadãos afirmando que “continuem os vossos negócios em paz. Nada vai acontecer neste país”, enquanto sublinhou que foram tomadas as medidas legais necessárias para garantir a segurança da população.
