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Mais de 5.000 famílias reassentadas no leste do Uganda devido a deslizamentos de terra

O governo ugandês anunciou, no domingo, que mais de 5.000 famílias serão reassentadas na zona leste do país, em resposta à ameaça iminente de deslizamentos de terra provocados por uma fissura significativa nas montanhas.

Esta decisão surge após uma tragédia ocorrida no final de Novembro passado, quando intensas chuvas provocaram o desmoronamento de encostas, resultando na morte de pelo menos 36 pessoas no distrito de Bulambuli. Dezenas de indivíduos continuam desaparecidos e cinco aldeias foram severamente afectadas pela lama.

A ministra de Estado para a assistência e preparação para catástrofes, Lillian Aber, alertou para o risco de uma nova catástrofe devido ao surgimento de uma “grande fenda na terra” que se estende por cerca de 70 quilómetros. “Isto é suficiente para desencadear a evacuação imediata da população e não esperar por uma evacuação forçada”, declarou Aber à AFP. “Não podemos ficar à espera que aconteça uma catástrofe”, acrescentou a ministra, enfatizando a urgência da situação.

O governo estabeleceu um prazo de duas semanas para que os residentes deixem as suas casas voluntariamente, antes que as autoridades intervenham para obrigar a evacuação. Os deslocados receberão um “pacote de reinstalação em dinheiro e terras”, conforme garantiu a ministra.

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A ordem de evacuação abrange os distritos montanhosos de Bulambuli, Mbale, Sironko, Kapchorwa, Kween, Bukwo e Bududa. As recentes estações chuvosas na África Oriental têm sido particularmente severas, exacerbadas pelo fenómeno meteorológico El Niño, que tem intensificado as chuvas na região.

É relevante recordar que, durante a última estação chuvosa, entre Março e Maio, duas pessoas morreram no Uganda, enquanto o vizinho Quénia registou, no mesmo período, pelo menos 228 óbitos, 72 desaparecidos e mais de 200.000 deslocados.