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Casal condenado por negligência que resultou na morte do filho de 3 anos em Birmingham

Um tribunal britânico declarou um casal culpado das acusações de provocação e permissão da morte do seu filho, Abiyah Yasharahyalah, de apenas três anos. 

O corpo da criança foi descoberto no jardim da residência familiar, em Handsworth, Birmingham, dois anos após o seu falecimento. A autópsia revelou que o pequeno sofria de uma doença respiratória, cujos efeitos foram severamente exacerbados por uma alimentação vegana restrita, resultando em “desnutrição grave, raquitismo, anemia e crescimento atrofiado”.

O tribunal condenou Tai Yasharahyalah, de 42 anos, a uma pena de 24 anos e meio de prisão, enquanto a mãe, Naiyahmi Yasharahyalah, de 43 anos, foi sentenciada a 19 anos e meio. O casal manteve o corpo da criança em casa durante oito dias após a sua morte, tendo procedido ao embalsamamento e enterrado a criança em uma cova de aproximadamente 80 centímetros, no exterior da sua habitação.

Durante o processo, que se estendeu por oito semanas, ficou evidente que Tai Yasharahyalah acreditava estar a realizar um “ritual de oito dias” na esperança de que o filho pudesse “ressuscitar”. Quando se deu conta de que essa possibilidade era inviável, optou por enterrar Abiyah em que considerava ser “solo sagrado”, seguindo os rituais da sua cultura nigeriana “Igbo”.

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Apesar de ser formado em medicina, Tai afirmou não estar ciente dos riscos associados a uma dieta vegana restrita e sem nutrientes, que poderia comprometer a saúde da criança. Durante o julgamento, o juiz sublinhou que ambos os réus tinham plena consciência da gravidade da condição de saúde do filho e, mesmo assim, falharam em tomar qualquer medida para o socorrer.

“Estou certo de que ambos são responsáveis por deixá-lo passar fome e por não procurarem assistência médica, mesmo quando essa necessidade era evidente”, afirmou o juiz. “Quando Abiyah faleceu, não chamaram uma ambulância nem buscaram ajuda médica, optando em vez disso por levar o corpo ao jardim e enterrá-lo”.