A justiça iraniana anunciou, no domingo, a condenação à morte de Varishe Moradi, uma destacada activista política curda e defensora dos direitos das mulheres.
A decisão foi divulgada através da activista Narges Mohammadi, recente vencedora do Prémio Nobel da Paz, que gerencia a sua conta na rede social X (anteriormente Twitter) a partir da prisão.
Varishe Moradi foi acusada de “rebelião armada contra o Estado”, uma alegação que tem suscitado a indignação de organizações de direitos humanos a nível mundial. Narges Mohammadi, que é uma voz proeminente na luta pelos direitos humanos no Irão, destacou na sua mensagem que Moradi havia realizado uma greve de fome de 20 dias em protesto contra as sentenças de morte proferidas pelo regime iraniano contra activistas.
A condenação de Moradi surge num contexto de crescente repressão contra aqueles que se opõem ao governo iraniano, particularmente após os protestos de 2022, que eclodiram em resposta à morte de Mahsa Amini, uma jovem curda que morreu sob custódia policial.
A situação dos direitos humanos no Irão continua a ser uma preocupação urgente para a comunidade internacional, que teme que a condenação de Moradi seja apenas uma das muitas violações que permanecem sem resposta no país.
A condenação à morte de Varishe Moradi é um chamado à ação para defensores dos direitos humanos em todo o mundo, que exigem uma revisão das políticas repressivas do Irão e a protecção dos direitos fundamentais dos cidadãos, especialmente das mulheres e das minorias étnicas.