A polícia sul-africana anunciou a detenção de cinco cidadãos moçambicanos, com idades compreendidas entre os 19 e os 40 anos, sob a acusação de homicídio e rapto de um gestor municipal na província de Mpumalanga, localizada no nordeste da África do Sul.
A informação foi divulgada através de um comunicado emitido pelo Gabinete da Polícia da África do Sul em Mpumalanga.
A vítima, um homem de 64 anos, exercia a função de gestor municipal na mesma província e foi reportado como desaparecido após não ter comparecido a uma reunião marcada para o dia 29 de Setembro.
Segundo o relatório, a vítima tinha uma reunião agendada na região de Witbank, da qual não chegou a participar. A sua família, preocupada com o seu desaparecimento, tentou contactá-lo sem sucesso.
Após formalizarem o desaparecimento na esquadra de polícia de Mpumalanga, a família também alertou a polícia de Witbank e notificou uma empresa especializada em localização de veículos. O carro da vítima foi encontrado próximo de uma estação de serviço em Witbank.
A colaboração entre a família e a empresa de localização, utilizando dispositivos electrónicos, foi crucial para a identificação dos suspeitos.
O comunicado revela que, durante a detenção, os suspeitos estavam na posse de vários objectos pessoais que se acredita pertençam à vítima. Uma investigação posterior levou à descoberta do corpo da vítima escondido entre os arbustos perto da estação de serviço.
Os detidos, cujas idades variam entre 19 e 40 anos, estão agora a ser investigados pelas autoridades sul-africanas, incluindo o Ministério da Administração Interna, para determinar o seu estatuto legal no país.
O comunicado menciona ainda que, à medida que a investigação avança, poderão ser acrescidas acusações relacionadas com violações da Lei de Imigração da África do Sul contra os suspeitos.
Na terça-feira, os indiciados compareceram no Tribunal de Emalahleni, onde enfrentaram várias acusações, incluindo homicídio, sequestro e posse de bens roubados.
Este caso surge num contexto em que as autoridades sul-africanas estão a investigar o assassinato de 18 membros da mesma família, ocorrido no último fim-de-semana.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, expressou a sua determinação em que as autoridades estão a trabalhar incansavelmente para esclarecer este crime que chocou a nação.