O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve um cidadão moçambicano de 35 anos, suspeito de ter burlado mais de 50 pessoas em Maputo.
As vítimas, na sua maioria, eram candidatos a empregos no Brasil e Portugal. Eles eram solicitados a pagar uma comissão que variava entre 30.000 e 40.000 meticais. Além disso, estudantes que se candidatavam a bolsas de estudo eram atraídos a pagar entre 70.000 e 120.000 meticais.
O suspeito convencia as vítimas de que era proprietário de uma empresa no exterior especializada no recrutamento de estudantes e trabalhadores. Ele foi acusado de burla agravada, falsificação de documentos e abuso de confiança.
A detenção foi anunciada pelo porta-voz da SERNIC em Maputo, Hilário Lole, que explicou que o suspeito usava um link associado a uma suposta empresa e realizava entrevistas online para conceder as bolsas.
As vítimas perceberam a fraude quando descobriram que as passagens aéreas fornecidas eram falsas e que os vistos eram inválidos quando se dirigiam às embaixadas. Durante a detenção, a SERNIC apreendeu documentos falsos em nome de instituições públicas, contratos falsificados e outros documentos que davam credibilidade às suas ações.
O suspeito negou as acusações, afirmando que representava uma associação que visava formar associados em colaboração com uma instituição. Ele também revelou ter sido condenado a 10 anos de prisão em 2020, em Quelimane, mas a pena foi revista após recurso, e atualmente está em liberdade provisória. Até à data dos factos, o suspeito frequentava um curso de doutoramento em Educação Contemporânea numa instituição da capital moçambicana.