Os dados revelam ainda que houve uma queda de 32% com relação a 2020, ano em que os venezuelanos realizaram 9.633 protestos, em média 26 por dia.
Maio, com 722, foi o mês que registou mais protestos, seguindo-se julho (671), junho (617), setembro (568), agosto (566), abril (548), novembro (521) e fevereiro (513). Os dados dão conta ainda que em janeiro houve 489 protestos, em março 504, outubro 436 e 405 em dezembro de 2021.
Dos protestos, 2.066 foram para exigir habitação digna, 2.105 para reivindicar direitos laborais, 1.240 por atenção saúde e 1.051 por participação política.
Segundo o documento os direitos laborais tiveram uma representação importante das exigências, com os venezuelanos a reclamar que “não há sobrevivência com 2 dólares mensais”, a pedir que o salário seja pago em dólares. Também respeito pelos contratos coletivos e liberdade sindical.
Segundo o OVCS o maior número de protestos teve lugar em Lara (579), seguindo-se os Estados de Anzoátegui (509), Sucre (387), Mérida (375) e Táchira (352). Pela primeira vez “se registaram 4 protestos nas Dependências Federais, que anteriormente não se tinham observado”.
O Observatório diz ainda que “há comunidades que se estão a inundar com água dos esgotos e que vivem no meio da contaminação. As autoridades têm ignorado as queixas e é uma situação que se está a expandir com uma força crescente”.
Por outro lado, “manteve-se um esquema de corrupção, irregularidades e abuso de poder na distribuição de gasolina, mas também na venda de gás doméstico, e mesmo na atribuição de bolsas de alimentos subsidiados”.