A tarifa de transporte de passageiros, na cidade de Maputo, poderá ser agravada entre dois e três meticais, dependendo da distância, segundo o consenso alcançado, na auscultação pública sobre a revisão do custo do “chapa” na região metropolitana do Grande Maputo.
O Conselho Municipal de Maputo (CMM) propunha um agravamento da tarifa entre dois e três meticais e a Federação Moçambicana dos Transportes Rodoviários (FEMATRO) defendia cinco meticais para todos os destinos.
O representante da Agência Metropolitana de Transporte, Elídio Matsena, sugeriu gradualismo para não sufocar as contas dos munícipes, tendo em consideração a sua situação salarial, porém vingou a proposta do CMM.
Baptista Matavel apelou, porém aos munícipes para compreenderem a proposta de agravamento da tarifa de transporte de 10 para 12 meticais e de 12 para 15 meticais, “uma vez que nos debatemos com o aumento dos custos de operação e a Covid-19 afectou negativamente o sector”.
Por sua vez, os representantes dos munícipes pediram para que o reajuste das tarifas seja acompanhado pelo aumento da frota, para pôr fim às chamadas ligações.
O vereador do pelouro de Mobilidade, Transporte e Trânsito, no CMM, José Nicols, reconheceu que o Grande Maputo não tem conseguido satisfazer a demanda em transporte público, apesar do aumento da frota de autocarros nos últimos anos.
Acrescentou que tal se deve à falta de renovação da frota, aliada à tarifa social praticada, a insuficiência de recursos financeiros, incluindo a deficiente qualidade de infra-estruturas.
Nicols referiu ser necessário reajustar a tarifa do transporte para tornar a operação sustentável, nomeadamente a colecta de receitas e a cobertura dos custos operacionais.