O ex-Presidente da África do Sul pediu que o Tribunal Constitucional anule a ordem de prisão contra si por desacato. A polícia diz que só vai fazer cumprir a sentença quando Zuma esgotar os recursos judiciais.
Jacob Zuma foi à Justiça mais uma vez na terça-feira (06.07) para tentar suspender a ordem de prisão por desacato, emitida na semana passada pelo Tribunal Constitucional da África do Sul. O ex-Presidente sul-africano foi condenado a 15 meses de prisão por não ter cumprido as citações judiciais que o obrigavam a testemunhar em investigações.
A principal autoridade judicial do país analisa o pedido de suspensão da pena, que foi apresentado depois de a polícia anunciar que não fará nenhum movimento para prender Zuma até que o ex-Presidente esgote todas as possibilidades de recorrer da sentença.
Zuma deveria ter-se apresentado às autoridades até a meia-noite de domingo (04.06), mas não obedeceu às ordens. Na sequência, a polícia foi instruída a prendê-lo num prazo de três dias, até esta quarta-feira (07.07), mas anunciou que vai aguardar o fim do litígio.
O advogado de Zuma elogiou a polícia por ter levado em consideração a “situação agravada no país em torno deste assunto”, apontando para a “segurança volátil” em torno da condenação do ex-Presidente. No final da semana passada, a defesa de Zuma pediu ao tribunal que a polícia não fosse autorizada a prender o ex-chefe de Estado até à próxima audiência, marcada para 12 de julho.