O TikTok e os trabalhadores da rede social nos Estados Unidos da América querem levar a administração do Presidente Donald Trump a tribunal por causa da ordem executiva que proíbe a partir de setembro a popular app no país. Como avança a Associated Press, os advogados já estão a preparar os processos.
Esta contestação legal dos trabalhadores é independente do processo pendente da empresa proprietária da aplicação, a chinesa ByteDance. Contudo, o argumento é o mesmo: a ordem executiva é inconstitucional, disse a esta agência de notícias Mike Godwin, um advogado de políticas de internet que representa os funcionários.
Um dos problemas que estes trabalhadores do TikTok nos EUA enfrentam é não saberem ainda se, a partir do momento em que a ordem executiva entrar em vigor, a rede social vai poder continuar a pagar os seus salários. “Os funcionários reconhecem corretamente que seus empregos estão em perigo e que o seu pagamento está em perigo”, alega Godwin.
Isto tudo porque, de acordo com o decreto, vai passar a ser proibido “qualquer transação por qualquer pessoa” com a TikTok e a empresa-mãe, a chinesa ByteDance.
Donald Trump assinou na semana passada uma ordem executiva que proíbe todas as transações com a ByteDance, a empresa mãe chinesa da rede social TikTok, no prazo de 45 dias. A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, defendeu as ordens contra o TikTok e o WeChat, um serviço de mensagens chinês, e disse que o Presidente estava a exercer a sua autoridade de emergência sob uma lei de 1977 que o permite regular o comércio internacional para lidar com ameaças incomuns.