As organizações sociais da Frelimo reiteram o seu apoio incondicional à candidatura do Presidente do partido no poder, Filipe Nyusi, para as próximas eleições presidenciais, no próximo dia 15 de Outubro em Moçambique.
A vontade foi expressa ontem pela Organização da Juventude Moçambicana (OJM), Organização da Mulher Moçambicana (OMM) e a Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN) durante a abertura da III Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo, um evento de três dias, em curso na cidade da Matola, capital da província meridional de Maputo.
O secretário-geral da OJM, Mety Gondola, disse que a recém-terminada V Sessão Ordinária do Comité Central da OJM discutiu uma série de problemas que afligem os membros e que gostariam de ver possíveis soluções, tais como habitação, educação, emprego, consumo excessivo de álcool e outras drogas, bem como o desenvolvimento do país.
A OJM também deseja que os membros na presente Sessão abordem, com alguma atenção, o sofrimento das pessoas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth que, recentemente, devastaram as regiões centro e norte de Moçambique, respectivamente, causando mais de 600 mortos.
“Gostaríamos que a Frelimo se concentrasse nesses problemas, que a nossa Frelimo se concentrasse no desenvolvimento deste nosso país porque nós, jovens, para Outubro já temos o nosso candidato”, disse Gondola, numa clara alusão a Filipe Nyusi, que também é o Presidente da República.
A OMM, na voz da sua secretária-geral, Mariazinha Niquice, também exprime o seu apoio à Nyusi, destacando a sua perseverança e empenho na busca de uma paz efectiva e duradoura em Moçambique.
Também manifestou o seu apreço pelo sentimento de solidariedade do Presidente do partido para com as pessoas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth, “buscando apoios internos e externos, e dando tudo ao seu alcance para minimizar o sofrimento das vítimas e para a reconstrução das zonas afectadas”.
“Reafirmamos o nosso total apoio e incondicional, repito o total apoio e incondicional, à decisão do XI Congresso da Frelimo que proclamou o camarada Presidente Filipe Jacinto Nyusi candidato da Frelimo para as eleições do dia 15 de Outubro”, disse Niquice.
“Camarada Presidente, queira ou não queira é nosso candidato”, vincou.
Já a ACLLN manifestou a sua satisfação pelo empenho de Nyusi para a restauração de uma paz duradoira e eliminação de malfeitores que continuam a aterrorizar as populações da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
À semelhança da OMM, a ACLLN também saudou o Presidente pelo seu trabalho na mitigação do impacto sobre os residentes e regiões afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth.
Destacou o facto de o Presidente do Partido, na qualidade de Chefe de Estado, ter negociado com sucesso com o governo do vizinho Reino de Eswatini a aumentar o volume de descargas da barragem de Mnjoli, sobre o rio Umbelúzi, de forma a aliviar a crise de águas que afectava as regiões de Matola, Boane, e de Grande Maputo.
O secretário-geral da ACLLN, Fernando Faustino, aproveitou a oportunidade para exortar a necessidade de uma maior disciplina partidária, pois “a ela devemos simplesmente obediência absoluta porque ninguém está acima das normas estatutárias do nosso partido”.
“A unidade, disciplina, coesão e obediência interna constituem palavras de ordem do nosso quotidiano de forma a atingir o almejado objectivo. Por isso, vamos fazer guerra cerrada contra os conspiradores da ideologia política”, disse Faustino.
“Camaradas do Comité Central; temos que ter a coragem de denunciar os infiltrados, os indisciplinados, os intriguistas, os tribalistas, os confucionistas, os fofoqueiros, os lambe-botas e outros com vista a prevalecer a linha política do nosso partido”, disse.
Exortou a todos os membros do Comité Central a trabalhar no sentido de garantir o melhor desempenho dos actores envolvidos no processo eleitoral de forma a garantir a vitória da Frelimo e seu candidato no escrutínio de 15 de Outubro.
Nas próximas eleições gerais, Nyusi concorre para a sua própria sucessão como Presidente da República.
Folha de Maputo