Destaque Funcionário público e agente aduaneiro indiciados de corrupção na Beira

Funcionário público e agente aduaneiro indiciados de corrupção na Beira

Um funcionário público, com a categoria de agente de serviço, afecto no sector de saúde na cidade da Beira, no centro de exames médicos da província de Sofala, e um despachante aduaneiro, foram detidos na passada sexta-feira.

Os dois funcionários foram detidos por investigadores do Gabinete de combate à corrupção em Sofala após terem sido alegadamente apanhados em flagrante delito em actos de corrupção que visava facilitar a emissão de um certificado de aptidão física, segundo noticia o Jornal O País.

De acordo com Filipe Chaua, porta-voz do Gabinete de Combate à corrupção em Sofala, o funcionário público teria alegadamente recebido dinheiro, no valor de 200 meticais e documentos do outro detido, o despachante aduaneiro, para facilitar a emissão de um certificado de aptidão física para este último.

Chaua indicou ainda que na posse do agente de serviço foram ainda encontrados outros bens.

“Os nossos investigadores encontraram nos bolsos do funcionário público dinheiro no valor de 670,00 Meticais, assim como três outros processos de diferentes cidadãos que pretendem ter certificado de aptidão física e três Bilhetes de Identidades”.

O funcionário público negou o seu envolvimento no crime mas reconheceu que recebeu 20 meticais do despachante aduaneiro, numa cantina localizada dentro do recinto da instituição onde trabalha e alegou que foi um gesto da iniciativa do utente em causa, para tomar um refresco como agradecimento por ter facilitado o seu processo.

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“Meti o valor num dos meus bolsos e segundos depois fui interpelado por dois agentes do gabinete do gabinete de combate à corrupção que de imediato acusaram-me de estar envolvido num esquema de facilitação de emissão de um certificado de aptidão física. Eu já trazia comigo, desde a minha casa mais de 600 meticais no meu bolso. Eles alegaram que era dinheiro “colectado”, junto dos utentes para facilitar os documentos que os mesmos pretendiam. É uma falsidade”.

O despachante aduaneiro também negou o seu envolvimento no crime e tem outra versão em relação aos 20 meticais.

“Depois de receber o meu certificado de aptidão física, dirigi-me a uma cantina para tomar uma pequena refeição. Minutos depois apareceu o funcionário público e pediu-me vinte meticais para alegadamente usar como passagem. Eu dei-lhe. Não é verdade que ofereci a ele 200 meticais como forma de agradecimento. Aliás quem tratou da minha documentação foi uma senhora e não este agente de serviço”.

O sector de saúde na Beira, através do seu director, Fino Massalambane, distanciou-se do acto do seu agente e garantiu que irá intensificar palestras junto dos seus utentes e funcionários para evitar casos do género no futuro.

Folha de Maputo