Quatro pessoas da mesma família morreram após consumirem uma bebida alcoólica de fabrico caseiro, no distrito de Lichinga, província Niassa.
As vítimas, uma mulher com 60 anos e três homens com idades entre 30 e 50 anos, perderam a vida após ingerirem a bebida que na altura era servida num frasco usado para a conservação de um insecticida destinado ao combate a pragas na agricultura.
O administrador de Lichinga, Alberto Mussa, desencorajou a população de consumir bebidas alcoólicas de fabrico caseiro, devido ao risco de intoxicação e acidentes fatais.
“Há a necessidade de terminar com o consumo de bebidas alcoólicas tradicionais, porque não é seguro, devido ao facto de não estarem licenciadas por laboratórios”, declarou Mussa.
Em Moçambique, as mortes associadas ao consumo de bebidas de fabrico caseiro são frequentes, principalmente nas comunidades mais pobres, devido à incapacidade de aquisição de bebidas autorizadas pelas entidades de saúde.
Em Janeiro de 2015, na localidade de Chitima, província de Tete, centro de Moçambique, 75 pessoas morreram e 232 foram hospitalizadas após consumirem uma bebida alcoólica feita a partir da farinha de milho.
Análises encomendadas pelo Governo moçambicano a um laboratório norte-americano apontaram como causa da intoxicação a presença de um ácido e de uma toxina que se formaram na farinha por efeito de putrefação.
RM