A Comissão Liquidatária do Nosso Banco foi obrigada a pagar dívidas deixadas pelo banco falido para continuar a ter acesso à luz, água e comunicação.
É que o processo de contabilização dos bens materiais e financeiros do extinto Nosso Banco exige que se continue a prestar alguns serviços essenciais e os fornecedores condicionaram a sua prestação ao pagamento das dívidas. “O próprio sistema operativo tinha que estar ‘on’ para podermos operar. O fornecedor deste serviço, por exemplo, condicionava a sua reactivação ao pagamento das dívidas anteriores”, disse Iacumba Ali Aiuba, presidente da Comissão Liquidatária do Nosso Banco.
Em conferência de imprensa, havida sexta-feira, a comissão que está a liquidar o Nosso Banco anunciou que terá de rescindir todos os contratos desnecessários para aliviar os custos. Por outro lado, reafirma que todos que tinham dívidas com o banco falido devem pagar. “Mandamos um anúncio no jornal a informar aos mutuários que já estava disponível uma conta no Banco Central, para irem pagar as suas prestações. O nosso objectivo é apurar o máximo da massa falida para podermos distribuir ao maior número possível de credores, e o que sobrar, aos accionistas. Portanto, os accionistas terão que ser os últimos”, afirmou Aiuba.
Das despesas da Comissão Liquidatária, inclui-se a contratação de um parceiro jurídico, dada a complexidade de alguns processos, de acordo com o presidente da entidade. Este esclareceu, na mesma ocasião, que há no tribunal 24 processos, mas nenhum destes advém da extinção do banco.
O processo de liquidação deverá ser fechado até Novembro deste ano.
O País