A Ministra da Saúde moçambicana, Nazira Abdula, efectuou uma visita de trabalho na manhã desta quarta-feira ao Hospital Provincial da Matola, na província de Maputo.
Com uma área de seis hectares, esta unidade hospitalar foi inaugurada, no ano passado. Ao todo, o investimento é de 13,8 mil milhões de dólares norte-americanos.
Com uma capacidade de 400 camas, o hospital pode assistir diariamente cerca de mil pacientes.
Falando durante a visita, a ministra da Saúde Nazira Abdula disse que nota-se um dinamismo forte por causa da ligação com os utentes dos hospitais, pois quem usa o hospital é que deve dizer quais são os problemas existentes na unidade sanitária para que se possa solucionar.
“As soluções serão para este ano sim, temos um empreiteiro que em pouco tempo poderá resolver os problemas apresentados. Em relação a incineradora, iremos nos reunir com os activistas para explicar que o trabalho é voluntário e não significa que serão integrados no bloco hospitalar, porque a função pública funciona com regras. É preciso seguirmos essas regras”, explicou.
Em relação ao gerador, Abdula garantiu que apesar do problema de uma peça, dentro em breve funcionará sem sobressaltos porque já decorrem trabalhos de reposição.
Segundo Nazira Abdula, neste momento o hospital está a funcionar em pleno pois a infra-estrutura já existia, e veio para responder uma grande lacuna que existia ao nível da província de Maputo. Para a Ministra, não fazia sentido a unidade sanitária continuar fechada enquanto as obras já estavam concluídas.
A disponibilidade destes serviços constitui um ganho porque até num passado recente a maioria dos pacientes residentes naquela região via-se forçada a recorrer à capital do país a busca de assistência médica.
Contudo, esta viagem acabava por ser fatal para muitos pacientes devido a longa distância que separa o Hospital Central de Maputo (HCM) e a província de Maputo. Este facto era exacerbado com os constantes congestionamentos de tráfego ao longo da estrada que liga as duas cidades.
Um outro constrangimento que afectava a população da província de Maputo era a falta de serviços de cirurgia, o que impedia, por exemplo, partos a cesariana nas unidades sanitárias da província de Maputo.
“Havia pessoas que se deslocavam para a cidade de Maputo para uma consulta de especialidade. E agora está a operar-se todo tipo de cirurgias com bons especialistas e muita experiência”, disse.
Apesar disso, de acordo com a ministra há casos de subsespecialidade estes ainda serão transferidos ao Hospital Central de Maputo que é um hospital de referência de todas as províncias.
De referir que, o Hospital Provincial de Maputo oferece diferentes especialidades, nomeadamente pneumologia, medicina interna, cirurgia, ortopedia, ginecologia, oftalmologia, psiquiatria, pediatria, otorrinolaringologia, estomatologia e maternidade.
