Nacional RENSIDA denuncia inexistência de anti-retrovirais nas zonas de conflito-militar  

RENSIDA denuncia inexistência de anti-retrovirais nas zonas de conflito-militar  

A Rede Nacional de organizações de pessoas vivendo com HIV-SIDA (RENSIDA) denunciou ontem, em Maputo a existência de pacientes que abandonam o tratamento anti-retroviral de HIV/SIDA nas zonas abrangidas pela tensão político-militar, concretamente nas províncias de Manica e Sofala.

O abandono deve-se a privação para levantamento de medicamentos causado pelo bloqueio de circulação de viaturas na principal via que dá acesso àquela região do pais e sentem-se agastados da longa caminhada por falta de transporte devido a tensão política.

Dados fornecidos pelo secretário executivo nacional da RENSIDA, Abacassias Veloso apontam que pelo menos duas mil pessoas portadoras do vírus causador da SIDA abandonaram o tratamento na província de sofala, concretamente nas regiões de Mucosa, Vunduzi e Casa Banana.

“Dos mais de três mil pacientes com tuberculose associada ao HIV/SIDA, apenas 1.350 pacientes é que se fazem presente às unidades sanitárias para receberem medicamentos anti-retrovirais”, reiterou.

A situação já começa a preocupar a RENSIDA, visto que já se regista um aumento de casos de tuberculose resistente, dada a chegada tardia de doentes às unidades sanitárias, bem como à desistência de tomar a medicação.