Sociedade Criminalidade Descoberta de cadáver deixa população de Zualo em pânico

Descoberta de cadáver deixa população de Zualo em pânico

A população do povoado de Zualo, localidade do Golo, distrito de Homoíne, província de Inhambane, viveu momentos de agitação na semana passada na sequência da descoberta de um corpo sem vida. O episódio não deixa de ser estranho na zona. O corpo apresentava marcas de pneus e foi encontrado numa picada que regista pouca movimentação de carros.

A vítima respondia pelo nome de Zeca Roberto, 43 anos de idade, residente em Zualo. Até à data da morte, Zeca Roberto, era guarda da empresa G4S nas bombas de combustível da Petromoc, em “Joaquim Moriana”, há uns cinco quilómetros do local onde foi encontrado morto.

Segundo relatos colhidos no terreno, na noite em que morreu, o malogrado havia estado com seus primos identificados pelos únicos nomes de Samuel e César a consumir bebidas alcoólicas. Já a caminho de casa, Zeca disse aos primos que não aguentava andar depressa e queria descansar. Os primos adiantaram e ele ficou.

Armando da Silva Decipane, ancião, disse que na manhã do dia seguinte, 5 de Março, foi alertado pelos populares da presença de um corpo sem vida. De imediato, diz ter entrado em contactado o Comando Distrital da PRM e Direcção Distrital de Saúde, em Homoíne.

“Quando a Polícia chegou, eu é que acompanhei ao local como ancião desta zona. Antes passamos pela casa do chefe da zona, Armando João, mas não estava presente. As equipas da Saúde e da Polícia observaram o corpo”, disse.

“Para mim, aquilo foi um embate. Não tinha ossos partidos e tirava sangue pelas narinas. Ao lado encontramos um chinês e seus documentos”, disse.

Polícia fala de acidente e abandono

A Comandante da Polícia em Homoíne, Joana da Glória, disse em contacto com o Canalmoz que a corporação tomou conhecimento da presença de um corpo sem vida em Zualo.

Das diligências efectuadas pela Polícia de Investigação Criminal (PIC), Polícia de Trânsito (PT) e técnicos da saúde, constatou-se que foi um atropelamento mortal.
“Verificou-se um atropelamento mortal e abandono do sinistro. Neste momento, estamos a fazer trabalhos para que possamos localizar os presumíveis autores dos factos. Foi um acidente e abandono. Não houve tentativa de extracção de qualquer órgão humano. Pela posição do corpo, a pessoa esteve deitada na berma da estrada e o carro passou por cima”, explicou.

A Polícia coloca de fora a hipótese de a pessoa ter sido assassinada numa zona e arrastada para ali. “Chegada no local, a PIC concluiu que não houve nenhum homicídio fora da estrada. A PT fez as medições da estrada e o posicionamento do corpo junto da estrada”, disse.

Segundo a Polícia no final do ano passado os índices de criminalidade tendiam a baixar naquela zona. “Zualo não é um local crítico em relação a factos criminais. Ocorrem casos esporádicos. Em termos de homicídios, de 2013 a esta parte nunca registámos casos de homicídios”, concluiu.