Sociedade Trabalho Mineiros moçambicanos reenquadrados em seus postos após incêndio

Mineiros moçambicanos reenquadrados em seus postos após incêndio

Pelo menos 1.800 trabalhadores moçambicanos da companhia de ouro Sibanye Gold, situada em Carletonville, na República da África do Sul (RAS), acabam de recuperar os seus postos de trabalho, após estarem na iminência de perdê-los, em consequência do incêndio desde o passado dia 24 de Janeiro em quatro unidades de produção (números 12; 6;7 e 8).

Neste momento, a companhia, que compreende 11 unidades de produção, já está a funcionar normalmente, situação que levou a respectiva gerência a chamar os 2.500 mineiros (de diversos países) das quatro unidades afectadas, dos quais cerca 1800 são de nacionalidade moçambicana, para retomarem às suas actividades.

Os trabalhadores moçambicanos continuavam na África do Sul a aguardar pelo desenrolar da situação, segundo as recomendações do Ministério do Trabalho, através da sua delegação naquele País, após garantias dadas pela entidade empregadora, segundo as quais caso as condições melhorassem preferiria ter de volta os moçambicanos.

A primeira medida avançada, enquanto o fogo devorava as quatro unidades, foi a dispensa dos trabalhadores das unidades atingidas nessa situação, durante seis meses, em que seriam pagos apenas um. A outra saída que tinha sido encontrada pela entidade gestora da Companhia Sibanye Gold foi a de redistribuir 300 dos trabalhadores afectados noutras minas do grupo, incluindo alguns moçambicanos. Felizmente, a gerência da companhia conseguiu ressarcir-se do incêndio e, consequentemente, estes dois planos não foram a tempo de funcionar, facto que se comprova com a chamada ao trabalho de todos os seus trabalhadores.

A delegação do ministério moçambicano do trabalho naquele País, que vinha monitorando a situação junto da companhia, ainda não registou qualquer caso que relate o despedimento de mineiros moçambicanos nas quatro unidades de produção reactivadas.

O incêndio, que vinha consumindo as quatro unidades de produção da Companhia Sibanye Gold foi atribuído a alguns membros da União das Associações de Trabalhadores Mineiros e de Construção (AMCU), em retaliação à recusa dos órgãos competentes de realização de autorização de uma greve no sector mineiro, nos moldes em que a agremiação sindical pretendia, em solidariedade com o sector de minas de platina.