O Japão quer ver a sua língua oficial a ser leccionada na Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Este interesse foi manifestado no domingo, durante a visita que a Primeira-dama japonesa, Akie Abe, fez no àquela universidade.
Ela disse que desejava ver introduzido na UEM, num futuro breve, o ensino da língua oficial do Japão no âmbito do estreitamento das relações socioculturais.
Na visita à UEM, a Primeira-dama da República do Japão manteve contacto com estudantes e membros directivos.
Na ocasião, Akie Abe disse esperar um maior fortalecimento das relações Moçambique-Japão e do crescimento da Universidade Eduardo Mondlane como instituição de ensino superior. A visita de Akie Abe àquela que é o maior e mais antigo estabelecimento de ensino superior no país inseriu-se na deslocação que parte do Governo japonês, incluindo empresários, efectuou ao nosso país, desde a noite de sábado, 11 de Janeiro. Esta delegação era chefiada pelo Primeiro-ministro, Shinzo Abe.
A Primeira-dama nipónica sublinhou que do número de estudantes moçambicanos que se encontram no seu país, maior parte são provenientes da UEM.
“Espero que mais estudantes moçambicanos continuem a interessar-se pelo Japão e pela sua cultura”, anotou Akie.
O Reitor da UEM, Orlando Quilambo, apresentou à dirigente japonesa a constituição orgânica da instituição que dirige, desde os órgãos centrais até as faculdades. No que respeita a cooperação com o Japão, Quilambo afirmou que as relações manifestam-se em vários níveis, com destaque para a promoção do intercâmbio e da mobilidade de docentes, investigadores e da realização conjunta de projectos de investigação, e outros.
“Hoje, a UEM conta com cinco acordos de cooperação firmados com instituições do ensino e de investigação japonesas, nomeadamente, a Agência Japonesa de Cooperação, a Universidade do Tóquio, Kanagawa Institute of Technoly, Tokyo University of Foreign Studies e com a Universidade de Akita, cujos resultados são visíveis e bastante promissores”, frizou o reitor.
No âmbito desta cooperação, a UEM tem beneficiado de vários apoios sendo de destacar, recentemente, a oferta de cem unidades microscópicas, e da formação, no Japão, de cinco bolseiros graduados pela UEM e que estão nas áreas de Turismo e Negócios, Desenvolvimento Internacional, Agronomia, Engenharia Civil. Actualmente 3 estudantes japoneses frequentam o curso de Geografia na UEM.
O Reitor da UEM disse ser esperançoso de que a visita de Akie Abe, para além de reforçar os já existentes laços de cooperação nos domínios do desenvolvimento económico, científico e sociocultural, poderá, igualmente, abrir novas oportunidades e formas de colaboração entre os dois países, particularmente na área do ensino superior.
O périplo da Primeira-dama nipónica à UEM compreendeu uma visita à residência estudantil e à sala de computadores localizados no campus principal. Numa comitiva que a acompanhou, constituída por japoneses e moçambicanos, Akie Abe escalou também a Biblioteca Central onde manteve encontros com antigos estudantes moçambicanos, no Japão. A Primeira-dama joponesa ofereceu livros à Biblioteca Central, recebidos pela mão do Reitor da UEM.