O Presidente Armando Guebuza enalteceu esta quarta-feira os valores nobres aprendidos em Nachingwea, na Tanzânia, afirmando que devem, na actualidade, servir de base para a formação técnica e científica dos moçambicanos e de todos os que lutam contra a pobreza.
No centro destes valores, segundo Guebuza, está a unidade nacional, a cultura da paz, o sentido de cidadania e de solidariedade, bem como o respeito pela dignidade da pessoa humana e pelo Estado de Direito Democrático.
Discursando na cidade da Matola na inauguração da Universidade Nachingwea (UNA), Guebuza vincou que “cabe hoje à UNA a missão de inspirar-se nesses valores nobres para formar técnica e cientificamente patriotas moçambicanos que acreditam que só a nós, moçambicanos, cabe a honrosa missão de lutar e vencer a pobreza”.
Nachingwea é o nome do centro de preparação política de guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) aberto em 1965, na Tanzânia, tendo assumido papel preponderante na luta que culminou com a independência nacional proclamada em 1975.
Segundo o Presidente Guebuza, “ontem, ao Centro Político-Militar de Nachingwea, coube a missão de incutir nos nacionalistas moçambicanos valores nobres que os fez acreditar que deveriam ser eles, e mais ninguém, a libertar Moçambique da dominação estrangeira”.
Guebuza disse que os valores herdados pela UNA são, por si, suficientes para deixar o povo moçambicano, incluindo docentes e discentes, tranquilos quanto ao sucesso da instituição.
Por seu turno, o reitor da UNA, Luís Covane, disse estar empenhado no desenvolvimento de parcerias, a nível nacional e internacional, para elevar a capacidade e a qualidade dos serviços que a UNA presta à sociedade.
O reitor fez saber que enquanto se consolida a capacidade de gestão científica, pedagógica e técnico-administrativa, a UNA vai procurar expandir as suas actividades para outros cantos do país.
“Queremos fazer da UNA uma universidade de referência a nível nacional, regional e internacional”, disse Covane, acrescentando que a busca constante da melhoria da qualidade dos nossos docentes e investigadores, bem como a criação de condições humanas, materiais e financeiras são aspectos fundamentais para o crescimento e desenvolvimento desta instituição de ensino superior.
Segundo Covane, o crescimento da UNA revelar-se-á através da criação de delegações, institutos, escolas superiores, faculdades e outras formas de aproximar cada vez mais as possibilidades de acesso ao Ensino Superior a mais cidadãos.
A UNA, que iniciou as suas actividades este ano, conta com 140 estudantes, sendo 69 do sexo feminino, distribuídos pelas Faculdades de Ciências Políticas e Administração, Economia e Informática, Ciências Jurídicas e Ciências Agrárias.