Moçambique está entre os oito países africanos incluídos num plano do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, para melhorar a saúde reprodutiva de adolescentes.
A informação foi dada pelo director executivo da agência, Babatunde Osotimehin, na Conferência Internacional sobre a Saúde Materna, Neonatal e Infantil em África. O evento decorreu, até este sábado, em Joanesburgo.
Marginalizadas
Ao longo dos próximos três anos, a agência promete distribuir uma vasta gama de serviços de saúde sexual e reprodutiva para os jovens. O alvo são meninas desfavorecidas, marginalizadas e mulheres.
Considera-se que os grupos sejam os de maior risco de má saúde sexual e reprodutiva, violência e exploração. Os países abrangidos na parceria incluem a República Democrática do Congo, a Etiópia, o Níger, a Nigéria, a Serra Leoa, o Sudão do Sul e a Tanzânia.
Educação
Cerca de 45 milhões das adolescentes entre os 15 e 19 anos vivem na África Subsahariana, refere o Unfpa. Para o grupo, a agência quer ajudar a “garantir um boa educação, a capacidade de decidir sobre o momento apropriado para o casamento e para ter filhos.”
Pretende-se, igualmente, que as meninas “se protejam contra o HIV, da violência, e tenham a sua justa parte de oportunidades de trabalho para contribuir para o desenvolvimento económico dos seus países.”
Fora da Escola
O Unfpa destaca que a gravidez e as complicações relacionadas com o parto são a principal causa de morte de meninas entre 15 e 19 anos nos países em desenvolvimento. Grande parte das 7,3 milhões de menores de 18 anos que, anualmente, dão à luz está em África.
Além de defender uma maior aproximação com as autoridades dos países, o Unfpa quer criar programas para garantir que as jovens dentro e fora da escola tenham acesso à educação sexual. A ideia é que as iniciativas sejam abrangentes e “na idade apropriada com vista a preparar o grupo para a vida adulta.”
RM