O corpo docente, principalmente, na cidade de Quelimane, onde se encontram em exercício mais professores, está muito preocupado porque o assunto dos valores em dívida no período em referência continua a ser mantido em segredo, enquanto os visados continuam a aguardar ansiosamente pelo desfecho, uma vez que ainda contam com o dinheiro para resolver os seus problemas.
O assunto sobre o pagamento de horas extras não só da educação como de outros sectores estava na mesa de discussões esta semana durante a II Sessão Ordinária do Conselho de Coordenação do executivo provincial da Zambézia alargado a outros quadros. Informações apuradas pela nossa Reportagem indicam que desde o início do ano lectivo até Julho, tirando um e outro caso, o pagamento de salários e horas extras tem vindo a ocorrer com regularidade apesar de ligeiros atrasos.
O director provincial dos Transportes e Comunicações e porta-voz do governo, Alberto Manharage, disse à nossa Reportagem que não só melhorou o pagamento das horas extras na função pública, como também os salários, particularmente, desde Fevereiro último ao mês de Junho. Aquele responsável frisou que o salário do mês de Julho que não foi pago até pelo menos dezoito horas do dia 30 deveu-se ao facto de terem sido processados com os retroactivos de Abril a Julho e outras remunerações.
O nosso entrevistado afirmou que os sectores de Educação e Cultura e da Saúde são os que mais problemas enfrentavam no pagamento de salários e horas extras, bem como de turno e meio. Alberto Manharage disse também que é em Quelimane onde há muitos desses problemas o que obrigou o governo a fazer um trabalho profundo nas instituições visadas, neste caso particular, das escolas e unidades sanitárias para juntos dos gestores e administrativos averiguar caso por caso de forma a encontrar onde estava o problema.
Por outro lado, o porta-voz da sessão de coordenação do governo provincial disse que o executivo da Zambézia realizou ainda esta semana uma audiência pública, na qual apareceram apenas 40 professores a colocarem problemas de salários e horas extras, o que significou uma redução de casos em relação ao ano passado. No entanto, reconheceu que persistem ainda problemas que estão a ser tratados e adiantou que são menos graves do que os colocados nos anos anteriores.
Entretanto, aquele responsável do governo provincial refutou a informação de que haja dívidas por pagar aos docentes referentes ao período 2010-2012. Alberto Manharage justificou-se dizendo que não ter recebido nenhuma informação a esse propósito, por isso, afirmou estar surpreendido.
A nossa Reportagem sabe que há docentes nessa situação e já reconstituíram documentos várias vezes para receber os valores em dívida, mas nunca tiveram o problema resolvido. Uma das dessas vezes que os docentes foram mobilizados para reconstituírem a documentação foi nas vésperas da última presidência aberta e o receio que alguns sectores do executivo tinham era de que o problema fosse levantado durante o comício. Uma vez que a presidência aberta passou nada foi resolvido e os professores visados continuam sem solução pelo menos até hoje.
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