Sociedade Saúde Aposta é reduzir insegurança alimentar e nutricional até 2015

Aposta é reduzir insegurança alimentar e nutricional até 2015

Reunido na capital do país, num seminário nacional de quatro dias, esta entidade multissectorial vai traçar acções visando o fortalecimento e engajamento dos actores-chave com vista a melhorar a coordenação da segurança alimentar e nutricional.

Marcela Libombo, coordenadora nacional do SETSAN, fala de acções tendentes à aceleração do alcance das metas dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, a serem implementados em 46 distritos dos Corredores da Beira e de Nacala, através de um programa a ser lançado ainda neste encontro.

Reconhece que alcançar as metas dos ODM é um desafio muito grande, porém possível desde que haja um envolvimento massivo nesse sentido. “Estamos a tentar com este seminário lançar muitos programas para as regiões tidas como vulneráveis “, disse.

A Desnutrição crónica afecta de uma forma geral o país inteiro, mas de forma particular as províncias do Norte com destaque para alguns distritos em Cabo delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Tete.

“Temos naquelas regiões uma situação de desnutrição crónica alarmante que chega a atingir os 56 a 54 por cento. É lá onde promovemos programas comunitários para ver se ajudamos a acelerar as metas, aproveitando as boas práticas”, disse.

O Ministério da Agricultura e a União Europeia prevêem o lançamento ainda este mês, de mais um instrumento que consistirá na produção de alimentos altamente nutritivos à larga escala, como por exemplo a batata-doce de polpa alaranjada, reforço na produção do milho, arroz como forma de haver mais disponibilidade de alimentos

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A aquacultura e também a avicultura fazem parte da iniciativa de melhoria da qualidade nutricional não só na perspectiva de balancear mas também como uma fonte de renda para as famílias.

Nestas acções, segundo explicou Marcela Libombo, não basta apenas ter alimentos em quantidades, mas há também que desenvolver os mercados sob ponto de vista do acesso a esses alimentos, sua conservação, e acima de tudo, introduzir-se a educação nutricional nas escolas.

Entretanto, o país melhorou em termos de insegurança alimentar comparativamente ao estágio em que se encontrava em Fevereiro, logo após à ocorrência das cheias e inundações.

“Depois das cheias estávamos com níveis de cerca de 300 mil pessoas afectadas o que melhorou de forma significativa para 212 mil das quais cerca de 90 mil já estão a beneficiar de assistência”, disse.

Comparado com os restantes países da África Austral, Moçambique está com os níveis mais baixos, situando-se acima do Malawi, por exemplo, que tem agora cerca de dois milhões da população afectada pela fome.

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