Sociedade Saúde Perspectiva-se melhoria de socorro a acidentados

Perspectiva-se melhoria de socorro a acidentados

A criação do Instituto de Emergências – o projecto de decreto-lei foi submetido pelo Ministério da Saúde (MISAU) ao Conselho de Ministros – será o primeiro passo, a partir do qual se mobilizará financiamento para aquisição de equipamentos como ambulâncias devidamente equipadas, montagem de uma central telefónica e definição de número universal de chamada, 112, por exemplo.

A formação de pessoal médico arrancou em Março, de acordo com fonte competente ligada ao processo.
Otília Neves, chefe do Departamento de Emergências no MISAU, que revelou estes dados ao nosso Jornal, reconheceu que parte das mortes em acidentes de viação se deve à demora de assistência médica e aos moldes em que ela ocorre, quando finalmente chega.

Com aquele organismo, dotado de ambulâncias específicas, que na verdade são pequenas salas de cirurgia, pessoal formado em trauma, uma central telefónica com técnicos à altura, os feridos em acidentes de viação começarão a ser assistidos nos moldes universalmente propostos, ou seja, a partir do local do sinistro e durante a viagem até ao hospital, não mais nas condições actuais, em que as vítimas chegam aos hospitais em carrinhas muito tempo depois.

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De acordo com aquela médica, numa primeira fase, a instituição vai socorrer vítimas de acidentes de viação na cidade e província de Maputo, devendo paulatinamente estender-se a outras províncias e emergências.

O Instituto estará sediado no MISAU, mas a sua operacionalização exigirá outros sectores. Só para se ter uma ideia, a gestão da central telefónica caberá a uma entidade competente na área e não directamente à Saúde.

Questionada sobre o horizonte temporal para a materialização do projecto, Otília Neves disse que uma das etapas mais complexas foi a do desenho do decreto-lei de criação, pelo que uma vez aprovado pelo Governo faltara a mobilização de recursos para equipamentos, parte dos quais serão do Orçamento de Estado.

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