Sociedade Trabalho Tráfego congestionado nas fronteiras do centro

Tráfego congestionado nas fronteiras do centro

Isso exige mesmo que seja aumentado o espaço para permitir uma maior dinâmica e flexibilidade daqueles meios circulantes em face dos camiões que bloqueiam tudo, num cenário que se agrava pelas precárias condições das estradas ao longo do Corredor da Beira, sobretudo nos troços Beira-Inchope e Tete-Malawi.

Com efeito, assiste-se ao longo da Estrada Nacional Número Seis, que liga o Porto da Beira a Machipanda, concretamente em Inchope, Nhamatanda, Dondo e arredores da capital provincial de Sofala, um ambiente de autêntica anarquia com centenas de camiões estacionados nas bermas da faixa de rodagem.

O problema, que veio à tona esta semana durante uma visita de trabalho do governador de Sofala, Félix Paulo, ao Porto da Beira, está directamente ligado ao acentuado congestionamento daquele complexo, que atingiu a capacidade máxima da circulação até 500 viaturas por dia, sendo que a solução imediata apontada é a introdução dos chamados portos secos nas áreas adjacentes.

Sobre a matéria, o director dos Transportes e Comunicações de Sofala, Élcio Kanda, revelou que os órgãos centrais do seu pelouro estão a trabalhar arduamente neste sentido, devendo ainda esta semana ser rubricado, em Maputo, um acordo de entendimento entre o Governo e a multinacional angolana denominada Multi-Seco, com vista à implementação do primeiro porto seco nos arredores da cidade da Beira.

Mesmo assim, a entidade gestora do Porto da Beira, a Cornelder Moçambique, na voz do chefe do Departamento de Marketing e Vendas, Félix Machado, entende que o problema de fundo que retarda a concretização deste projecto no terreno tem a ver com o elevado valor de garantia bancária exigido para o efeito pelo Governo, na ordem de dois milhões de meticais para implantação de cada porto seco, para além da suposta excessiva burocracia.

Para o director de Indústria e Comércio de Sofala, José Ferreira, há necessidade de o Governo formar uma comissão de trabalho para aferir na base estas reclamações com vista a uma resolução imediata do problema que, na versão do governador Félix Paulo, é uma questão de desenvolvimento, mas que deve ser resolvida paulatinamente.

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