A situação agravou-se na manhã de ontem quando chegaram as primeiras informações de ataque, por homens armados da Renamo, de dois autocarros e um camião que se saldaram na morte de três pessoas e no ferimento de outras, em número não identificado.
Por causa disso, até ao meio-dia de ontem, no Terminal da Junta, em Maputo, tinham sido registadas apenas 7 pessoas que pretendiam viajar para Sofala, 6 para Manica e 8 para a província da Zambézia.
Paulo Muthisse, da Associação Moçambicana dos Transportadores Colectivos de Passageiros de Carreiras Interprovinciais e Internacionais (AMOTRANS), disse que a situação está a agravar-se desde quarta-feira e isso se reflecte na redução de passageiros.
“Em dias normais até por volta das 12 horas temos mais de 20 pessoas para qualquer província, mas hoje (ontem) este número baixou. Também vimo-nos obrigados a encerrar as bilheteiras dos outros destinos no centro e norte”, afirmou Muthisse, acrescentando que isso também se reflectiu na redução de autocarros que deixaram a Junta, de cinco na quinta-feira para dois que saíram ontem apenas para Sofala e Manica.
Apesar das ameaças, segundo referiu, os transportadores manifestaram a intenção de continuar a exercer a sua actividade tendo, para tal, continuado a manter os autocarros no recinto do Terminal Interprovincial da Junta.
“Temos recolhido as informações no local das ocorrências e a partir daí vamos autorizando a saída dos autocarros”, garantiu Muthisse.
Informação similar foi dada pela gestora do Terminal Interprovincial da Junta, Inês Infante Mindo, que disse que reduziu o fluxo de passageiros que procuram aquele terminal para viajar, particularmente para as regiões centro e norte do país.
Inês Mindo referiu que em vésperas de um feriado, como é o caso do 25 de Junho, Dia da Independência Nacional, aumenta a procura de transporte e, desta vez, a situação é completamente diferente.
“A demanda mantém-se na ligação com as províncias de Gaza e Inhambane, mas nas restantes a situação é crítica, porém, temos autocarros disponíveis. No entanto, temos aconselhado os operadores a circularem apenas durante o horário normal”, disse Mindo.
Esclareceu que naquele sector o horário normal é a partir das cinco horas da manhã até 21 horas e, depois disso, os transportadores bem como os automobilistas particulares devem interromper a viagem em locais considerados seguros.
“Até esta manhã apenas um autocarro vindo de Tete é que chegou ao destino e da conversa que tivemos com os passageiros e os transportadores, a viagem tinha sido segura e quando atravessaram o rio Save a situação ainda estava calma”, contou Mindo.
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