Os trabalhadores apresentaram as suas queixas através de cartas dirigidas ao Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, e ao Ministro da Educação, Augusto Jone. Em ambos os documentos, cujas cópias chegaram a nossa fonte através dos próprios funcionários, estes apontam actos de perseguição, o desrespeito da ética e despedimentos sem justa causa.
Os funcionários acusam o director do ISCAM, João Moreno, de arrogante, ditador e desumano.
Os trabalhadores acusam Moreno de privatizar a instituição. Apontam que no ISCAM não há um órgão de consulta ou de apoio ao director. “Não há no ISCAM um plano de actividades da instituição e muito menos se pode falar em reuniões de colectivo de direcção para analisar o funcionamento da instituição”, denunciam.
Para sustentar a sua posição, os trabalhadores daquela instituição de Ensino Superior deram como exemplo o recente concurso público de contratação de docentes, em que foi constituído um júri que faria administração técnica do concurso. Contudo, “ele (Moreno) fez sozinho a selecção (dos candidatos) e ordenou os membros do júri a assinarem a acta”, acusam.
As actuações de Moreno, segundo os trabalhadores, vão para além de insultos. Referem que após denúncias feitas ano passado, o Ministério de Educação enviou uma equipa de inspecção para apurar a veracidade dos factos no ISCAM, mas os funcionários que confirmaram as alegações contidas na carta-denúncia foram despedidos da instituição e outros viram os seus contratos de trabalho reduzidos de um ano para seis meses.
Na carta, os funcionários apontam nomes de alguns colegas seus despedidos e outros cujos contratos reduziram para seis meses.