Os distritos remanescentes são de províncias das regiões centro e sul do país, nomeadamente Manica (Mossurize, Sussundenga, Manica, Gondola e Tambara); Sofala (Marínguè, Gorongosa, Dondo, Muanza, Nhamatanda, Cheringoma e Chibabava); Tete (Cahora Bassa, Mágoè, Changara, Moatize e Mutarara); Maputo (Boane, Moamba e Matutuine); Inhambane (Govuro, Inhassoro, Mabote, Funhalouro e Homoíne).
A conclusão das operações de desminagem nos 25 distritos do país dará corpo e forma ao preconizado no PNAM que, desde o seu início em 2008, permitiu classificar, até ao momento, 103 distritos, devendo, até ao final do corrente ano, totalizar os 128 à luz da antiga divisão administrativa moçambicana.
No decurso do processo, foram desminadas 983 áreas consideradas suspeitas e de risco de minas, feito que perfaz 28.714.442 metros quadrados (mais de 2600 campos de futebol) de área e aliado ao facto foram também realizadas 677 intervenções de monitoria com vista a garantir a qualidade do trabalho efectuado.
Na maioria das 983 áreas ora livres, além do retorno da estabilidade e segurança das comunidades, traduzida na livre circulação de pessoas e bens, foram retomados os projectos de alargamento da rede habitacional, educacional e sanitária, bem como a prossecução de projectos de investimento em áreas de desenvolvimento, com particular realce para a exploração mineira, agropecuária e turismo, reabilitação e construção de barragens, rodovias e ferrovias, entre outras.
A meta até então consumada coloca Moçambique numa posição de prestígio em relação ao programa de desminagem, dado que figurava entre os cinco países mais afectados por minas, incluindo Angola, Sudão, Camboja e Afeganistão que, na óptica dos peritos na matéria, a sua clarificação levaria 150 anos para a conclusão.