Segundo o Ministro da Educação, Augusto Jone, que revelou o facto recentemente na Beira, o actual calendário escolar coincide com a época de pico das chuvas, facto que tem contribuído negativamente para o bom aproveitamento pedagógico, uma vez que as aulas naquele período são frequentemente interrompidas.
Ainda de acordo com Augusto Jone, um dos grandes constrangimentos do calendário escolar em vigor no país tem a ver com a falta de tempo para o professor gozar 30 dias de férias, devido aos processos que o currículo impõe.
O nosso entrevistado explicou, no entanto, que o Ministério da Educação está a analisar os principais pontos que dificultam o cumprimento do actual calendário escolar, tendo avançado que a proposta do novo calendário escolar que poderá entrar em vigor a partir do próximo ano sugere que o ano lectivo se inicie em meados de Fevereiro, tido como o período do fim das chuvas.
“O actual calendário escolar é muito apertado. Quando as aulas terminam temos o processo de preparação dos exames, realizam-se os exames, de novo o mesmo professor deve preparar os alunos para a 2ª época e quando termina, logo em Janeiro, iniciam as matrículas e no mesmo mês as aulas.
Portanto, não há espaço para o professor gozar as suas férias e isto também pode ter outro impacto no nosso sistema de educação”- explicou o ministro da Educação.