Sociedade Transportes Venda de combustível: Bombas viciadas prejudicam utentes

Venda de combustível: Bombas viciadas prejudicam utentes

A nossa Reportagem saiu à rua para se inteirar do que está a acontecer nos postos de abastecimento de combustível. Hélio Teixeira, um automobilista, disse recentemente a nossa fonte que, não raras vezes, tem sido vítima de roubo de combustível em diversas bombas nas cidades de Maputo e Matola, mas por falta de provas não pode apresentar nenhuma reclamação.

Teixeira disse que, por exemplo, abasteceu combustível de mil meticais numa estação de serviço que não quis revelar, quantidade de combustível que geralmente usa para percorrer durante cinco dias a mesma distância, mas circulou apenas três dias, o que significa que foi vítima de roubo.

Situação similar aconteceu com Zulmira Issufo, também automobilista, que abasteceu combustível de 500 meticais, mas só deu para sair da Matola à cidade capital.

Para ela, esta é uma de tantas provas indiscutíveis de que nas estações de serviço há roubo de combustível. “O roubo de combustível aos clientes está cada vez mais a ganhar espaço e pedimos a intervenção de quem de direito porque não estamos a aguentar”, disse Issufo.

Explicou que há casos em que quando alguém vai às bombas com um recipiente para comprar combustível os bombeiros recusam-se por completo a vender, sem apresentarem qualquer justificação plausível.

Venda de combustível: Bombas viciadas prejudicam utentes

Abel Manuel é outro automobilista que encontrámos nas bombas da Galmac, no bairro da Liberdade, Município da Matola. O nosso entrevistado disse que já foi vítima por várias vezes e que tentou reclamar, mas não teve sucesso, alegadamente por falta de provas.

Contou que um seu amigo foi abastecer o seu veículo, cujo tanque tem capacidade para 500 litros. O bombeiro informou-lhe que tinha abastecido 700 litros, mas o automobilista disse-lhe claramente que o tanque do seu carro enche com apenas 500 litros.

Para resolverem o problema, sugeriu que drenassem o combustível do camião. Aí confirmou-se que eram 500 litros e não 700 como estava a defender o homem das bombas. Esta é mais uma prova da existência de roubo de combustível nas bombas de gasolina.

Automobilistas entrevistados pelo nosso Jornal foram unânimes em afirmar que estão agastados com o nível de roubo de combustível em diversas estações de abastecimento e pedem a intervenção de quem de direito.