O jogo, que marca o lançamento da prova, será o timbre do apelo de solidariedade com as vítimas das cheias lançado pela direcção da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), gestora da prova, aos 14 clubes participantes para que as primeiras duas jornadas sejam dedicadas aos afectados pelas enxurradas.
Aliás, a direcção da LMF obteve o entendimento dos dois clubes para que este encontro, que pela via do sorteio pertence ao Costa do Sol, mudasse de ordem de modo a permitir que adeptos, simpatizantes, amantes de futebol e o público em geral aderissem em massa a este apelo, tendo em conta a capacidade muito limitada do campo dos “canarinhos”.
Como se pode vaticinar, este encontro está revestido de grande interesse pelo facto de envolver dois principais candidatos ao título. Portanto, um Maxaquene que entra para a defesa do título e um Costa do Sol que se apetrechou fortemente com o objectivo de entrar na máxima força na luta pela conquista do campeonato.
Entrar a ganhar é fundamental para cada uma das equipas, sobretudo quando os objectivos são comuns. Esta é a razão suficiente para antever uma grande partida de futebol, na qual o espectáculo não faltará. Aliás, o desempenho das duas equipas na Taça de Honra, que serviu de preparação das equipas da cidade de Maputo para o Moçambola, faz antever exibições de alto nível.
Daí que não se descarta a possibilidade deste embate se transformar numa ocasião de ajuste de contas, sendo que os “canarinhos”, apesar de terem perdido o “troféu” a favor dos “tricolores”, foram superiores no confronto directo, terminando em segundo lugar.
Obviamente que as expectativas à volta da jornada inaugural não se esgotam no Maxaquene-Costa do Sol. Mais encontros aliciantes estão na agenda. Ainda hoje, o Vilankulo FC, que também se apetrechou no máximo, recebe o Ferroviário de Nampula, pensando igualmente no arranque vitorioso, sobretudo porque joga perante o seu público.
Já amanhã, estão marcados cinco jogos. A Liga Muçulmana, igualmente forte candidata ao título e talvez a equipa mais requintada entre os participantes na prova, recebe o Têxtil, com a mesma esperança de arrancar com pé direito para alimentar as esperanças de um futuro melhor.
Enquanto isso, o Ferroviário de Maputo, que também reforçou o seu plantel com um número considerável de estrangeiros com a finalidade de atacar o título, vai ao difícil terreno do Chingale.
Por seu turno, o regressado Matchedje tem a missão espinhosa na recepção da HCB, cujo charme permanece patente no Moçambola. Os “militares”, agora com “casa própria”, estão moralizados e apostados em brindar os seus adeptos nesta sua reaparição no convívio dos grandes, daí que este embate ganha interesse.
Na Beira, o Ferroviário mede forças com o conterrâneo Estrela, que igualmente regressa à maior prova futebolística do país. O favoritismo recai para os “locomotivas”, que gozam de estatuto de vice-campeões.
Por último, o Desportivo de Nacala, que entra pela primeira vez na prova, recebe em casa emprestada – Estádio 25 de Junho de Nampula – o Chibuto FC. Comandados por Nacir Armando, os nacalenses têm algo a dizer diante dos gazenses.