Sociedade Transportes Entre 2008 e 2012: Acidentes mataram mais de mil pessoas em Nampula

Entre 2008 e 2012: Acidentes mataram mais de mil pessoas em Nampula

Os dados foram divulgados sábado último, pelo chefe do Departamento de Trânsito, no comando provincial da Polícia da República de Moçambique, naquele ponto do país, Francisco Raul, por ocasião da realização de uma reunião sobre segurança rodoviária, organizada pela Associação dos Transportadores Rodoviários de Nampula (ASTRA).

Francisco Raul disse que aqueles números elucidam quão preocupante é a sinistralidade nas estradas da província de Nampula, cujas principais causas são o desrespeito das regras elementares de trânsito, particularmente pelos automobilistas além de utentes das vias públicas como peões, incluindo os passageiros.

Todavia, segundo aquele responsável, a condução em estado de embriaguez, falta de domínio das regras de trânsito, a degradação de algumas infra-estruturas rodoviárias como pontes, pontecas, incluindo as próprias estradas, aliada à deficiente sinalização, constituem igualmente outros factores importantes para a ocorrência, com frequência, de acidentes de viação que também têm causado danos materiais avultados naquela parcela do país.

“Face ao aumento dos índices de sinistralidade e nós como autoridade reguladora do trânsito, temos vindo a desenvolver um grande trabalho de educação rodoviária, não somente para os automobilistas, como também os peões sobre a rigorosa observância de normas elementares de trânsito. O trabalho compreende igualmente a promoção de palestras além da fiscalização do trânsito rodoviário”, disse Francisco Raul.

Entre 2008 e 2012: Acidentes mataram mais de mil pessoas em Nampula

O chefe do Departamento de Trânsito no comando da PRM em Nampula referiu ainda que o grande desafio que a sua instituição tem e que deve ser partilhado por outras entidades como a ASTRA, é o combate à corrupção, bem como a extorsão aos automobilistas, protagonizadas pelos agentes da polícia de trânsito, que na sua óptica o seu sucesso passa necessariamente pela coordenação inter-institucional.

Por seu lado, os operadores dos transportes semi-colectivos de passageiros assim como de carga presentes no encontro, mostraram-se preocupados com o actual cenário que se vive nas estradas de Nampula, caracterizado pela ocorrência de acidentes de viação, na maior parte dos quais podiam ser evitados, se em parte a polícia de trânsito trabalhasse com seriedade na regulação da circulação rodoviária, combatendo sem tréguas, a corrupção que consideram ser demais.

Os transportadores foram unânimes em afirmar que o registo de sinistros rodoviários deve-se à falta de paragens determinadas pelas autoridades municipais, facto que se associa à desorganização da edilidade e da degradação acentuada de estradas fora da paralisação da maior dos semáforos existentes na urbe.

O presidente da ASTRA, Luís Vasconcelos, destacou a importância de que se revestiu o encontro, porquanto debruçou-se profundamente sobre a segurança rodoviária na província de Nampula, onde os índices de sinistralidade têm conhecido um aumento de acções conjuntas e coordenadas com vista a reduzi-los.