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Camiões de carga no porto de Maputo: Demanda gera embaraços à entrada da capital

A meio da tarde, a coluna de camiões chegou a estender-se desde a portagem de Maputo ate à entrada do recinto portuário.

A situação, segundo dados apurados pela nossa reportagem, ficou a dever-se a problemas no processo de pesagem dos camiões no recinto portuário, facto que impedia que os mesmos procedessem ao rápido descarregamento da mercadoria.

Segundo apuramos, a pesagem dos camiões é um procedimento observado para se confirmar a quantidade da carga depositada pelos camiões no porto, razão por que as autoridades portuárias não permitiam que nenhum camião saísse antes de cumprir tal procedimento, nem que outros entrassem sem que estivessem criadas condições para tal.

Entretanto, fonte da direcção do Porto desmentiu esta explicação afirmando que o congestionamento tinha basicamente duas razões de ser, nomeadamente as obras de reabilitação da rede de vias acesso em curso no interior do recinto portuário, aliada ao aumento substancial do número de camiões que demandam o porto nos últimos dias, sobretudo desde que ficou interrompido o acesso ferroviário ao porto, na sequência do acidente que levou à danificação de uma ponte ferroviária ao longo da Ressano Garcia.

Camiões de carga no porto de Maputo: Demanda gera embaraços à entrada da capital

Segundo a nossa fonte, antes do acidente ferroviário o porto de Maputo vinha recebendo em média 900 camiões transportando carga de e para o porto de Maputo. A maior parte da mercadoria em trânsito pelo porto de Maputo, sobretudo os minérios provenientes da África do Sul, é escoada para o Porto por via ferroviária.

“Isso explica o aumento do número de camiões que demandam o porto porque muitos exportadores estão agora a optar pela via rodoviária para garantir o escoamento de parte da carga que antes vinha de comboio.”, explica a fonte.

Por seu turno, a TRAC, concessionária da N4, reconheceu que a situação estava a gerar sérios embaraços ao tráfego, sobretudo na hora de ponte, em que normalmente o tráfego entre Maputo e Matola já é intenso.

Na sequencia da situação, a TRAC, em coordenação com a Polícia de Trânsito, no sentido de garantir que os camiões fossem retidos na zona de Mahlhampsene, na Matola, evitando que entrassem até à zona da Portagem sobretudo no período de ponta.

“ Vamos deixando que eles entrem aos poucos para evitar que a situação se complique. Também intercedemos junto do Comando da Polícia na cidade de Maputo no sentido de garantir que parte dos camiões que já estão perfilados entre a portagem e a entrada do porto sejam mandados de volta para um ponto onde não possam causar muitos embaraços ao tráfego, sempre na perspectiva de ir permitindo que entrem pouco de cada vez”, disse fonte da TRAC.