No local, a governante foi explicada que os grevistas reclamam, entre outras questões, o aumento salarial, o pagamento de subsídios, o reajustamento de horário, a elaboração de regulamento interno que satisfaça a classe trabalhadora e o melhoramento das relações laborais.
Na ocasião, Helena Taipo expressou seu total apoio à causa dos trabalhadores e prometeu envolver-se pessoalmente na resolução daquela preocupação, com vista ao retorno da normalidade, sem, no entanto, prejudicar-se a classe trabalhadora.
Tal como tem sido habitual, a ministra do Trabalho fez questão de lembrar aos trabalhadores grevistas que estes estão no seu próprio país, onde as relações laborais são regidas por uma Lei que deve ser cumprida por todos os investidores que operam no território nacional.
“Já entramos em contacto com a direcção do grupo Shoprite na vizinha República da África do Sul e solicitamos a sua comparência para podermos aclarar este assunto”, garantiu a ministra, tranquilizando os trabalhadores que a situação seria resolvida.
Ainda ontem, os grevistas reiteraram que a paralisação seria por tempo indeterminado, até que a entidade patronal tome a peito as suas reivindicações que afectam o pessoal de todas as unidades do grupo abertas no país.
Os grevistas reclamam um aumento salarial na ordem de 15 a 18 por cento sobre valores que variam de 3.500 a 15 mil meticais, este último atribuído apenas a trabalhadores contratados há mais de 15 anos.
Consta que as negociações laborais datam desde o ano 2004 quando foi apresentado à entidade patronal o caderno reivindicativo, mas a situação nunca chegou a ser alterada. As recentes negociações datam do mês de Setembro, período em que começou a ser levantada a hipótese de se realizar uma greve.
Entretanto, até ao fecho da presente edição continuavam as negociações entre o Ministério do Trabalho, a direcção do Grupo Shoprite e o comité sindical com vista a busca de solução para o problema.