A concretização do pagamento via banco abre espaço, de igual modo, para que aqueles compatriotas regressem ao país com menos bagagem e com largas possibilidades para fazer compras no mercado local.
Este é mais um ganho do Governo moçambicano no quadro da simplificação de prestação de serviços essenciais ao cidadão.
De acordo com Adelino Espanha, Delegado do Ministério do Trabalho (MITRAB) nas terras do rand, tudo está a ser feito para que, desta vez, o processo arranque efectivamente.
Inicialmente, estava prevista a concretização daquela modalidade de pagamento salarial para o primeiro trimestre do presente ano, o que não se materializou por causa de questões de natureza técnica e organizativa.
“Do nosso lado (RAS) garanto que já estamos preparados”, assegurou Adelino Espanha que garantiu que o BCI está, de igual modo, preparado para realizar as referidas operações.
Porém, chamou a atenção para o facto de haver alguns aspectos que ainda estão a ser cuidados por diferentes partes envolvidas no processo. Aliás, é por isso que há uma ligeira demora na implementação do novo mecanismo de pagamento.
Considerando que a maioria das minas sul-africanas encerra as portas para férias colectivas a partir do dia 15 de Dezembro, o Governo está a envidar esforços para que, até lá, tudo esteja devidamente organizado.
Para já, no contexto de simplificação de serviços ao mineiro, a Delegação do MITRAB na África do Sul, em coordenação com as empresas mineiras, já realizou contactos com as transportadoras de modo a reforçar as suas frotas, dada a demanda de transporte de passageiros que aumenta por estas alturas. É assim que nas áreas mineiras haverá terminais rodoviários especiais, a partir do dia 18 de Dezembro.
Enquanto isso, no dia 28 de Novembro a fronteira de Ressano-Garcia passa a funcionar 24 horas ininterruptas por dia, até 12 de Fevereiro. Desta vez, o período no qual a fronteira irá operar sem interrupção será comparativamente longo, pois a próxima Taça das Nações Africanas de Futebol (CAN) irá decorrer na África do Sul, havendo, por conseguinte, a necessidade de facilitar as deslocações dos amantes do futebol, turistas e visitantes no geral.
Actualmente, o pagamento diferido do salário do mineiro moçambicano é feito pela TEBA (antiga Wenela). Todavia, o Governo de Moçambique, a pedido dos próprios mineiros, decidiu mudar deste sistema considerando que ao longo do tempo foi-se revelando um pouco desajustado da presente realidade.
A título de exemplo, a TEBA não está presente em todas as regiões moçambicanas onde habita a maioria dos mineiros, o que obriga aqueles trabalhadores a realizarem longas viagens, algumas de risco, de modo a levantar os seus salários nos balcões da companhia.