Hoje, o Ministério da Educação vai anunciar, em conferência de Imprensa, em Maputo, as linhas de força que ditaram esta mudança sabendo-se, contudo, que uma delas prende-se com a necessidade de contornar os habituais transtornos de última hora causados pela falta de documentação por parte dos pais e encarregados de educação para matricular os seus filhos.
Deste modo, o MINED pretende disponibilizar mais tempo e oportunidade para que os encarregados de educação acautelem toda documentação e inscrevam com relativa tranquilidade os seus educandos, isto no mês de Outubro, mas para frequentarem o ensino no ano seguinte.
Fontes do “Notícias” explicaram que apenas serão inscritas crianças que no próximo ano lectivo completarão 6 anos de idade. O processo, a decorrer em todo o país e em escolas primárias, será a custo zero, ou seja, no acto da matrícula não se pago nada, bastando, para o efeito, os educandos apresentar a respectiva cédula ou boletim de nascimento da criança.
Normalmente e porque se trata de início do ano lectivo, o processo de matrículas tem sofrido muitos entraves. Um deles está relacionado com o facto de as inscrições se efectuarem nos primeiros dias de Janeiro, período em que grande parte dos pais e encarregados de educação se apresentam sem dinheiro para movimentar expediente devido a despesas assumidas durante a quadra festiva.
O atraso na tramitação de documentos fazia com que algumas crianças fossem matriculadas para além do período estipulado para o efeito. Para não variar, os educandos só registam os seus filhos na hora de os matricular, facto que, por outro lado, provoca enchentes nas Conservatórias dos Registos Civil.
As inovações que o MINED pretende introduzir nas matrículas dos primeiros ingressos tem ainda por finalidade descongestionar o processo que se mostra abarrotado com a simultaneidade do acto, visto que as inscrições para a 6ª, 8ª e 11ª classes também ocorrem nas mesmas datas do mês de Janeiro de cada ano.