A promoção do uso de gás natural assenta em estudos que demonstram a viabilidade deste combustível não só sob ponto de vista económico, como também no que diz respeito ao ambiente.
Segundo foi explicado pela empresa trata-se de uma estratégia concebida para elevar os índices de conversão de viaturas para gás, afectados pelos elevados custos da operação, por um lado, e, por outro, pela escassez de postos de abastecimento.
João das Neves, director-geral da Autogás, empresa que fornece kits de conversão e gás para viaturas, esclareceu que a campanha permite ao automobilista assumir o compromisso de consumir determinada quantidade de gás por mês e em troca poder converter a sua viatura gratuitamente.
O custo do consumo mínimo de gás a ser estabelecido neste tipo de contrato será baseado, entre outros pressupostos, no custo de conversão da viatura, que varia de acordo com a cilindrada de cada carro. O contrato é de 18 meses.
“As viaturas Toyota Corrola de cilindrada 1,6 ou outras similares, por exemplo, são convertíveis a 49 mil meticais e se o automobilista circula durante 25 dias do mês consumindo 200 litros de gasolina gasta um total de 9504 meticais. Mas se aderir aos contratos de conversão grátis passará a consumir mensalmente gás no valor de 6600 meticais.
Falando terça-feira, em Maputo, numa conferência de imprensa, João das Neves afirmou que em paralelo estão a ser instalados mais postos de abastecimento de viaturas movidas a gás que vão entrar em funcionamento nos próximos dias nas cidades de Maputo e Matola, o que aumentará a disponibilidade deste combustível.
O encontro tinha como objectivo avaliar o uso de gás em veículos e o papel do executivo no desenvolvimento desta área no país. Pretendia igualmente apresentar as perspectivas da Autogás para os próximos dez anos.
A empresa prevê que neste período pelo menos dez por cento da frota de viaturas do país, que neste período poderá rondar os 800 mil carros, esteja a usar gás natural. É neste contexto que a Autogás prevê instalar cerca de 200 postos de abastecimento de gás nas três regiões do país.
“É uma operação que numa primeira fase será feita de Maputo a Beira e, na segunda, de Pemba a Beira. A partir daí este serviço será ramificado para as regiões interiores das províncias”, disse João das Neves.