Internacional Zâmbia: Homens sentenciados por planear assassinato do Presidente com feitiçaria

Zâmbia: Homens sentenciados por planear assassinato do Presidente com feitiçaria

Um tribunal zambiano proferiu, na última semana, uma sentença de dois anos de prisão contra Leonard Phiri, um cidadão zambiano, e Jasten Mabulesse Candunde, um moçambicano, por tentativas de assassinato do Presidente Hakainde Hichilema através de práticas de feitiçaria.

Os dois homens foram detidos em Dezembro de 2023, quando estavam na posse de diversos amuletos, entre os quais se incluía um camaleão vivo. Durante o julgamento, o magistrado Fine Mayambu afirmou que os condenados não eram apenas adversários do chefe de Estado, mas sim inimigos de todos os zambianos.

A acusação alegou que Phiri e Candunde foram contratados por um antigo deputado procurado pela justiça para enfeitiçar o Presidente. O magistrado mencionou que Leonard Phiri demonstrou durante o processo que a cauda do camaleão, quando utilizada em um ritual específico, provocaria a morte de Hichilema em um prazo de cinco dias.

O juiz enfatizou que o cerne da questão não se centra nas capacidades sobrenaturais dos réus, mas sim na sua pretensão de exercer feitiçaria, evidenciada pelas provas apresentadas em tribunal.

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Os condenados, além da pena principal de dois anos por feitiçaria, foram igualmente sancionados com mais seis meses de prisão pela posse de amuletos. Contudo, as penas serão cumpridas em simultâneo, resultando em uma detenção total de dois anos desde a data da sua captura.

Este caso marca um marco na Zâmbia, sendo a primeira vez que alguém é julgado por usar feitiçaria com o intuito de atacar um Presidente, conforme a antiga Lei da Feitiçaria, estabelecida em 1914, durante o período colonial.