O governo de Israel encontra-se em fase de análise de uma nova proposta de cessar-fogo, com a duração de 60 dias, na Faixa de Gaza, a qual foi já aceita pelo Hamas.
A expectativa é que uma resposta oficial por parte de Telavive seja dada até ao final da semana.
Mediadores do Egito e do Qatar revelaram que esta proposta é “quase idêntica” à que foi apresentada em Julho pelo enviado norte-americano Steve Witkoff, a qual foi rejeitada pelo grupo terrorista.
Contudo, face à perspectiva de uma ofensiva israelita que visa ocupar a Cidade de Gaza, o Hamas decidiu agora aprovar o plano. Este inclui a libertação de metade dos cerca de vinte reféns israelitas que ainda se encontram vivos, em troca da libertação de cerca de 150 presos palestinianos. Além disso, o plano propõe o início imediato de negociações com o intuito de alcançar um acordo definitivo para pôr fim ao conflito.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou no último fim-de-semana que Israel “já não se encontra interessado em um acordo parcial”, sublinhando que a prioridade do governo é avançar com uma ofensiva em larga escala para assegurar o controlo total do território de Gaza.
No entanto, os protestos ocorridos no domingo, que mobilizaram dezenas de milhares de cidadãos em diversas cidades israelitas a exigir a libertação imediata dos reféns, bem como a crescente pressão internacional para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, poderá influenciar Netanyahu a reconsiderar e aceitar a trégua.