A capital marroquina, Rabat, foi palco de uma manifestação massiva, onde milhares de cidadãos expressaram solidariedade ao povo palestiniano da Faixa de Gaza e protestaram contra os ataques militares de Israel e dos Estados Unidos ao Irão.
O evento foi organizado pelo Grupo de Ação Nacional pela Palestina, reunindo principalmente simpatizantes de movimentos islamistas e de esquerda, conforme noticiado pela agência EFE.
Os manifestantes, munidos de cartazes e entoando palavras de ordem, demonstraram apoio à resistência armada palestiniana, denunciando a morte de civis em Gaza e os recentes bombardeamentos às instalações nucleares iranianas. A marcha iniciou na histórica praça Bab el Had e culminou em frente ao Parlamento marroquino, onde se ouviram frases como “a resistência não se humilha, de Rabat a Teerão” e “Irão resiste, os reaccionários negoceiam”, referindo-se aos países árabes que normalizaram relações com Israel.
No final da manifestação, o dirigente Abdelhafid Eseriti leu um comunicado que reafirmou o apoio “incondicional” ao povo palestiniano, destacando que este enfrenta “uma guerra dupla, o extermínio e a fome”. O texto também expressou solidariedade com a “resistência” iraniana, caracterizando a situação como uma “agressão sionista apoiada pelos Estados Unidos”.
A escalada de tensões foi acentuada na madrugada de domingo, quando o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que três instalações nucleares iranianas foram atacadas com sucesso, marcando os primeiros bombardeamentos norte-americanos no actual contexto de conflito entre Israel e o Irão.