Ruslan Sidiki, um cidadão russo com nacionalidade italiana, foi condenado a 29 anos de prisão na Rússia por organizar ataques a infraestruturas militares e civis a mando dos serviços secretos ucranianos.
A sentença foi lida num tribunal da cidade de Riazan, com a presença de dois funcionários do consulado italiano, conforme reportado pela agência de notícias italiana ANSA.
O tribunal considerou Ruslan, de 37 anos, culpado de tentar atacar uma base aérea militar em Dyagilevo, na região de Ryazan, utilizando drones explosivos. Adicionalmente, foi responsabilizado por um ataque explosivo numa linha férrea na mesma região, que resultou no descarrilamento de um comboio de mercadorias.
O julgamento de Ruslan ocorre num contexto mais amplo de repressão a mercenários estrangeiros que, segundo as autoridades russas, têm combatido ao lado das forças armadas ucranianas. Na quarta-feira, aproximadamente 100 mercenários, incluindo 13 norte-americanos, foram condenados por tribunais russos, conforme anunciado pelo chefe do Comité de Investigação Russo (IRC), Alexandr Bastrikin.
Bastrikin revelou que, ao todo, 97 mercenários de 26 países foram condenados, incluindo 42 georgianos e 10 letões. O director do IRC também informou que a instituição possui dados sobre 902 mercenários provenientes de mais de 70 países, dos quais 695 são considerados procurados pela justiça.