A juíza boliviana Lilian Moreno foi detida na segunda-feira (05), após ter anulado uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, o qual enfrenta acusações de tráfico de menores.
A decisão controversa da magistrada, que ocorreu na semana anterior, gerou uma onda de repercussões no sistema judiciário do país.
Moreno aceitou um habeas corpus que revogou tanto a imputação quanto o mandado de prisão contra Morales, além de rejeitar o congelamento dos seus bens e a proibição de saída do país.
No entanto, a sua decisão foi rapidamente revertida por um outro tribunal, que restabeleceu as acusações contra o ex-presidente. Esta reversão culminou na detenção da juíza, que está agora a ser acusada de prevaricação e desobediência a resoluções constitucionais.
Fernando Espinoza, da Promotoria Especializada em Anticorrupção, foi o responsável pela coordenação da prisão de Lilian Moreno. O Ministério da Justiça da Bolívia denunciou a juíza por emitir disposições consideradas ilegais, levando à sua transferência para a capital, La Paz, onde prestará depoimento a um promotor. O procurador-geral, Roger Mariaca, afirmou que a prisão foi fundamentada e justificada.