O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, emitiu uma severa advertência hoje em relação aos mísseis disparados pelos rebeldes Huthis do Iémen, pouco depois de o exército israelita ter interceptado um projéctil reivindicado pelos insurgentes.
Katz afirmou, através da rede social X, que “os Huthis continuam a disparar mísseis iranianos contra Israel. Como prometemos, responderemos vigorosamente, no Iémen e onde for necessário.”
O exército israelita informou que interceptou um míssil que partiu do Iémen, onde os Huthis afirmaram ter como alvo o aeroporto internacional Ben-Gurion, em Telavive. Relatos de jornalistas da agência noticiosa France-Presse (AFP) indicaram que se ouviram detonações sobre Jerusalém após o incidente.
O exército israelita confirmou em comunicado que “um míssil disparado do Iémen foi interceptado”. Os Huthis, que controlam uma parte significativa do Iémen, alegaram que o ataque atingiu o aeroporto de Telavive com um “míssil balístico hipersónico.” Além disso, Yahya Saree, porta-voz dos rebeldes, mencionou um ataque com drone “dirigido a um alvo vital do inimigo israelita na região ocupada de Jaffa”, ao sul de Telavive.
No aeroporto Ben-Gurion, um voo proveniente de Larnaca, Chipre, teve de atrasar a sua aterragem em consequência do alerta. No entanto, as autoridades aeroportuárias garantiram que “tudo voltou ao normal” após o incidente.
Este ataque ocorre após um míssil disparado pelos Huthis ter atingido, pela primeira vez, o perímetro do aeroporto no último domingo, levando muitas companhias aéreas internacionais a suspender os voos para Telavive. Desde o início da guerra em Gaza, provocada por um ataque sem precedentes do Hamas a Israel a 7 de outubro, os rebeldes iemenitas têm realizado numerosos ataques com mísseis e drones contra Israel, alegando agir em solidariedade com os palestinianos.
Em represália, Israel atacou esta semana o aeroporto de Sanaa, capital do Iémen, afirmando ter desactivado completamente a infra-estrutura, além de realizar bombardeamentos contra centrais eléctricas e cimenteiras no país. O porta-voz rebelde reiterou que os ataques aos aeroportos e navios israelitas “continuarão até que a agressão contra Gaza termine e o cerco seja levantado.”
Adicionalmente, Israel Katz, ministro da Defesa, dirigiu ameaças também aos dirigentes iranianos, acusados de apoiar os Huthis, prometendo-lhes o mesmo tratamento que o país deu ao Hamas em Gaza.
