O Hamas denunciou Israel por “pirataria” e “terrorismo de Estado”, em resposta a um ataque com drone contra o navio ‘Conscience’, da ‘Flotilha para a Liberdade’, ocorrido em águas internacionais no Mediterrâneo, próximo de Malta.
O navio tentava transportar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, e a tripulação relatou que o ataque provocou um incêndio e uma significativa ruptura no casco da embarcação.
Em comunicado, o Hamas qualificou o ataque do Exército israelita como um “crime de pirataria e terrorismo de Estado”. O grupo, que controla a Faixa de Gaza, também expressou agradecimentos à tripulação do navio e aos “activistas de todo o mundo” que se esforçam para quebrar o cerco imposto à região.
A Jihad Islâmica, uma facção aliada do Hamas, também condenou o incidente, descrevendo-o como um insulto aos valores humanos e morais, além de acusar Israel de usar a fome como arma de guerra.
A organização “Coligação Internacional da Flotilha para a Liberdade” informou que o ataque foi realizado por drones enquanto o navio navegava em águas internacionais.
Segundo a ONG, o incêndio causado pelo ataque danificou gravemente o gerador do navio, deixando a tripulação sem energia e pondo a embarcação em sério risco de naufrágio. A organização também criticou Malta, alegando falta de iniciativas de emergência para responder à situação.
O governo de Malta rejeitou as acusações, afirmando que foram realizados trabalhos de emergência na área e que os ocupantes do navio “se encontravam bem”.
Além disso, a agência de notícias espanhola Europa Press reportou que três cidadãos espanhóis estavam a bordo do ‘Conscience’ no momento do ataque.
Este incidente evoca memórias da abordagem militar israelita a uma flotilha de solidariedade em 2010, quando forças israelitas atacaram o navio ‘Mavi Marmara’, que também tentava levar ajuda a Gaza, resultando na morte de dez activistas e ferimentos em outros dez.