Organizações e instituições de saúde no Haiti estão a alertar para uma crise iminente no tratamento de pacientes com HIV/AIDS, na sequência de cortes drásticos na ajuda externa da USAID por parte dos Estados Unidos.
A decisão do ex-presidente Donald Trump resultou na eliminação de mais de 90% do financiamento, atingindo directamente instituições que dependiam deste apoio vital.
Actualmente, mais de 150 mil haitianos vivem com HIV, embora especialistas acreditem que o número real possa ser superior. Marie Denis-Luque, fundadora da ONG CHOAIDS, que presta assistência a órfãos seropositivos na cidade de Cap-Haïtien, revelou que os medicamentos disponíveis actualmente devem durar apenas até Julho.
A interrupção do financiamento, que somava mais de 165 mil dólares anuais, deixou essas unidades de saúde sem opções viáveis.