Kerri Pegg, directora de um estabelecimento prisional em Lancashire, Inglaterra, foi condenada a nove anos de prisão após ter estabelecido uma relação ilícita com um recluso, ajudando-o a continuar envolvido no mundo do crime.
A sentença foi proferida em tribunal após uma série de revelações sobre a sua conduta imprópria.
Aos 42 anos, Pegg era considerada uma “estrela em ascensão” nos serviços prisionais, tendo rapidamente subido na carreira em apenas seis anos. Contudo, durante o seu julgamento, ficou claro que a directora violou as normas estabelecidas ao iniciar um relacionamento com Anthony Saunderson, um notório traficante de drogas, e também o ajudou a conseguir a sua libertação.
O juiz, ao proferir a sentença, expressou a gravidade da transgressão: “Kerri Pegg traiu a confiança pública e os princípios dos serviços prisionais. Foi chocante e inconsciente o fato de terem mantido essa relação.” O magistrado sublinhou que Pegg, sendo uma profissional formada e com formação adequada, estava ciente das obrigações e limites da sua função.
A condenação, ocorrida em Abril deste ano, foi por má conduta no exercício de funções públicas e posse de propriedade criminosa. As investigações revelaram que Pegg possuía uma escova de dentes com o ADN de Saunderson na sua residência, o que reforçou as evidências contra ela.
Além disso, a directora recebeu de Saunderson um Mercedes Classe C, avaliado em 12 mil libras, adquirido com os lucros da venda de 34 quilogramas de anfetaminas.
As comunicações entre Pegg e Saunderson revelaram ainda o uso de nomes de código, como Jesse Pinkman, personagem da série “Breaking Bad”, e James Gandolfini, famoso pelo seu papel de chefe da máfia na série “Os Sopranos”.