A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) anunciou uma receita impressionante de 115 mil milhões de meticais, o que equivale a 1,8 mil milhões de dólares norte-americanos, no período entre 2007 e 2014.
A informação foi divulgada pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa, Tomás Matola, durante a Conferência Internacional que celebra os 50 anos da HCB, sob o lema “Ontem, Hoje e o Futuro: Uma Empresa Estratégica e Estruturante de Moçambique e da Região”.
Nos últimos dois anos, 2023 e 2024, a HCB transferiu ao Estado moçambicano 37 mil milhões de meticais, aproximadamente 580 milhões de dólares americanos. Matola destacou que, em 2024, a empresa reportou resultados líquidos históricos de mais de 14,1 mil milhões de meticais, dos quais 7,4 mil milhões de meticais serão distribuídos na forma de dividendos a accionistas, incluindo o Estado moçambicano, a Agência Reguladora de Energia, e várias instituições e cidadãos do país.
As contribuições da HCB ao Estado, em termos de impostos e taxas, previstas para 2024, rondam os 15,2 mil milhões de meticais.
Durante a conferência, Matola também abordou o impacto da seca severa que afecta a bacia do Zambeze, notando que esta tem contribuído significativamente para a redução da produção energética.
Segundo o presidente, a HCB, juntamente com as barragens vizinhas, enfrenta desafios consideráveis. Este fenómeno climático é inédito desde a fundação da HCB, que tem feito o máximo para garantir a manutenção da produção, atendendo às necessidades mínimas dos seus clientes.
“Até agora, não interrompemos o fornecimento de energia, continuando a atender a Electricidade de Moçambique (EDM) e a ZEZA do Zimbabwe. Temos aplicado métodos científicos de alta tecnologia na gestão da barragem,” afirmou.
Embora a produção tenha sido limitada, a HCB assegura que continuará a fornecer energia até que a situação se normalize. No último ano, a produção foi reduzida no segundo semestre como medida de precaução, de modo a garantir a continuidade do serviço até ao início da época chuvosa, em Outubro, face às previsões meteorológicas que indicavam a possibilidade do ciclone Chido.