Internacional Bolsonaro deixa cuidados intensivos, mas mantém internamento para recuperação

Bolsonaro deixa cuidados intensivos, mas mantém internamento para recuperação

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, de 70 anos, deixou na manhã de hoje a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital DF Star, onde esteve internado durante 17 dias. 

A saída da UCI ocorre após uma delicada cirurgia de 12 horas realizada a 13 de Abril, que visou resolver complicações intestinais. Apesar deste avanço, o antigo governante permanecerá hospitalizado para dar continuidade à sua recuperação, sem uma data estimada para a alta.

Segundo o mais recente boletim médico, os especialistas que acompanham Bolsonaro afirmaram que o quadro clínico do ex-presidente se encontra estável, sem sinais de dor ou febre, e que há uma melhoria significativa na sua saúde geral. Com isso, foi possível retirar a sonda nasogástrica e, a partir de hoje, ele começou a receber alimentos líquidos, que serão gradualmente aumentados com produtos gelatinosos, visando a recuperação dos movimentos intestinais.

Bolsonaro foi hospitalizado de urgência a 11 de Abril, após queixar-se de fortes dores abdominais durante uma viagem ao estado do Rio Grande do Norte. No dia seguinte, foi transferido para Brasília por meio de uma UCI aérea. A cirurgia realizada a 13 de Abril envolveu uma complexa desobstrução intestinal, que corrigiu várias aderências e obstruções, afectadas por intervenções cirúrgicas anteriores, incluindo aquela a que foi submetido em 2018, após o atentado à faca que sofreu durante a campanha presidencial.

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Na semana passada, o estado de saúde de Bolsonaro deteriorou-se temporariamente, com um aumento nas enzimas hepáticas e pressão arterial, particularmente após uma controvérsia em que o juiz Alexandre de Moraes, encarregado de um caso contra o ex-presidente, violou restrições médicas ao enviar uma oficial de justiça para intimar Bolsonaro na UCI.

Este incidente resultou em indignação por parte do ex-mandatário. Contudo, a situação foi estabilizada, permitindo que os médicos iniciassem uma nova fase de recuperação, que inclui fisioterapia e exercícios leves para manter a mobilidade.