O Exército israelita lançou ataques aéreos a 45 “alvos terroristas” na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, de acordo com um comunicado militar divulgado.
As operações visaram principalmente entradas de túneis e esconderijos de armas, num território que tem sido marcado por um aumento nas hostilidades.
As forças israelitas estão a reforçar a sua presença na área de Rafah, no extremo sul do enclave, onde continuam a mobilização no bairro de Tel al-Sultan e no denominado “corredor Morag”, que divide a cidade de leste a oeste. O comunicado do Exército afirma que, como parte das operações em curso, foram localizadas e destruídas estruturas usadas para actividades terroristas e infraestruturas subterrâneas, além da eliminação de terroristas.
Entretanto, fontes médicas locais reportam que pelo menos cinco palestinianos perderam a vida em ataques israelitas desde a noite de ontem. Entre as vítimas, encontram-se dois indivíduos mortos num bombardeamento no campo de refugiados de Nuseirat, dois em Khan Yunis, onde se encontravam em tendas de deslocados, e um que sucumbiu aos ferimentos em Deir al-Balah.
O Ministério da Saúde de Gaza, sob a gestão do grupo islamita Hamas, fez um alerta preocupante, afirmando que cerca de 60 mil crianças na região estão em risco de subnutrição. A situação humanitária no enclave é alarmante, uma vez que Israel fechou todas as passagens de ajuda humanitária no início de Março, após o término da primeira fase do cessar-fogo entre as partes. Desde então, não tem permitido a entrada de alimentos ou outros suprimentos, retomando os bombardeamentos na área.
Desde o reinício dos ataques em meados de Março, mais de 1.400 pessoas, a maioria mulheres e crianças, perderam a vida, de acordo com autoridades de saúde palestinianas.
Em paralelo, o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, regressou hoje a Israel após uma visita à Hungria e aos Estados Unidos, onde se encontrou com o Presidente norte-americano, Donald Trump. Durante esta reunião, discutiram, entre outros temas, um plano para a retirada da população de Gaza e o controlo do enclave.